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| Escrito por Ayra Carvalho |
| Sex, 20 de Maio de 2011 09:31 |
| Nesta quinta-feira (19), um grupo de deficientes auditivos fizeram uma marcha na Esplanada dos Ministérios na qual terminou com uma manifestação em frente ao Congresso Nacional. O intuito da marcha era defender a implantação de escolas bilíngües específicas para surdos, nas quais a Língua Brasileira de Sinais (Libras) continua sendo a principal língua utilizada. Na audiência promovida pela Subcomissão Permanente de Assuntos Sociais das Pessoas com Deficiência, o senador Lindbergh Farias, falou sobre um dos principais protestos dos deficientes auditivos: as políticas públicas destinadas a esse segmento da população têm ignorado a opinião dos mesmos, inclusive de suas associações. Uma das instituições que defendem esse tipo de escola é a Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos (Feneis). Patrícia Rezende, diretora de políticas educacionais da Feneis, que também é deficiente auditiva, coloca que essas escolas são fundamentais para a inclusão social dos surdos. O professor Emiliano Aquino, que tem um filho com essa deficiência, concordou com Patrícia Rezende: "só há uma forma de permitir a inclusão educacional dessas pessoas: com a Libras". Porém, o deputado federal Eduardo Barbosa argumentou que existe uma dificuldade do ministro Haddad em entender a necessidade dessas escolas especiais. De acordo com o deputado - que é presidente da Federação Nacional das Apaes - existe uma dificuldade de comunicação entre as ONGs relacionadas aos deficientes e o Ministério da Educação. Ele contou que, em resposta a essa crítica, Haddad decidiu que as ONGs poderão apresentar suas demandas diretamente ao seu chefe de gabinete, e não mais à Secretaria de Educação Especial dessa pasta. Durante a audiência os participantes aproveitaram para criticar também a possibilidade de fechamento das escolas do Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines) e do Instituto Benjamin Constant, destinado a alunos cegos, ambas vinculadas ao governo e localizadas na cidade do Rio de Janeiro. Fernando Haddad garantiu, que as escolas não serão fechadas. |



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